quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Interessados em Rádios comunitárias

O Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União, aviso de habilitação para que 77 localidades, distribuídas em 18 estados brasileiros, possam receber novas rádios comunitárias. O prazo para que as associações interessadas em prestar o serviço realizem suas inscrições e apresentem toda a documentação exigida é de 45 dias contados a partir de sexta-feira 12 de novembro.
Para outras informações sobre outorgas de Rádio Comunitária, entrar em contato com a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, deste Ministério, pelo seguinte endereço eletrônico: ssce.atendimento@mc.gov.br ou nos telefones(61)3311-6294 e (61) 3311-6592.

Diálogo dos dos saberes na cultura midiática

Com um grande público de amigos, amigas, alunos e professores, Joana T. Puntel lança o livro “Comunicação, diálogo dos saberes na cultura midiática”, na livraria da Rua Domingos de Morais, 660, Vila Mariana, em São Paulo, na noite do dia 17 de novembro. Uma produção que não só enriquece o catálogo de Paulinas/SEPAC, mas a mente e o coração de tantos leitores e pesquisadores da área de comunicação.

Doutora em Ciências da Comunicação, Puntel é uma pesquisadora na área de Comunicação eclesial, tendo feito seu doutorado no Canadá com a publicação que é referência ainda hoje “A Igreja e a democratização da Comunicação na América Latina”. Continua sua pesquisa e faz a orientação de pesquisa de alunos do Curso “Cultura e Meios de Comunicação, uma abordagem teórico-prática”, em nível de pós-graduação lato sensu, do SEPAC em convênio com a PUC-SP/Cogeae.Mais informações:www.sepac.org.br

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Papa define o tema do Dia das Comunicações 2011

O papa Bento XVI escolheu como tema para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2011 - "Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital". O tema caracteriza-se por colocar ao centro de todos os processos da comunicação a pessoa humana. O Dia Mundial das Comunicações é celebrado, no mundo inteiro, no dia da Ascensão do Senhor.

Em um tempo tão amplamente dominado - e, frequentemente, condicionado - pelas novas tecnologias, torna-se fundamental o valor do testemunho pessoal: enfrentar a verdade e assumir o compromisso de partilhá-la, para quem trabalha no mundo da informação e particularmente para os jornalistas católicos, a "garantia" de uma autenticidade de vida que não é menos necessária na era digital.

A tecnologia, sozinha, não pode estabelecer ou promover a credibilidade de um comunicador: também não pode mudar os valores de referência com respeito a uma comunicação que continua a cruzar os limiares sempre novos das metas tecnológicas.

A verdade deve permanecer o ponto imutável também para as novas mídias e, assim, a era digital, alargando os confins da informação e do conhecimento, pode tornar-se idealmente mais próxima daquilo que representa o mais importante dos objetivos para todos os que trabalham no mundo dos mídia.

O tema lançado hoje precede a Mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será publicada, como em todos os anos, no próximo dia 24 de janeiro, memória de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SEPAC NA PARÓQUIA SÃO BENTO

No dia 29 de agosto, como equipe do SEPAC visitamos a paróquia São Bento da diocese de São José dos Campos, SP, atendendo ao convite da coordenação para trabalhar o tema da Acolhida para as lideranças paroquiais. O curso "Acolher é comunicar" foi realizado na Comunidade Nossa Senhora das Graças e dele participaram 150 coordenadores e coordenadoras das diferentes pastorais da paróquia: Liturgia, Catequese, Dízimo, Família, Criança, Comunidades Eclesiais de Base, entre outras. Em sua exposição sobre o tema, Ir. Helena Corazza trabalhou as mudanças culturais que afetam hábitos das pessoas e das comunidades e precisam ser considerados para se acolher bem as pessoas.
Um tema trabalhado foi a necessidade de integração e de acolhida entre as pastorais, destacou Ir. Helena. "Esta é uma comunidade viva onde as pessoas colaboram e dão de si para a construção da comunidade".

domingo, 22 de agosto de 2010

Discípulos(as) e missionários(as) da Comunicação

E a Palavra se encarnou e armou sua Tenda na itinerância humana.
Tudo para poder sentar-se à mesa conosco, ser percebida aos nossos olhos,
tocada e escutada.

Ó Palavra encarnada
que assumiste a condição humana,
alegrias, dores e sonhos, nela viveste
e a tudo deste novo sentido.

Vem habitar o mundo das comunicações!
Arma tua Tenda no meio de nós, hoje.
Mostra-nos o rosto amoroso do Pai!
E, em ti, faz-nos sentir filhos e filhas,
comunicadores teus!

Vem habitar o mundo das comunicações!
E faz-nos testemunhar a Palavra
que existia desde o Princípio:
o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos.

Vem habitar o mundo das comunicações!
Arma, hoje, tua Tenda itinerante no meio de nós!
Queremos contemplar, saborear e comunicar
Jesus, o Filho de Deus, a Palavra da Vida!

Vem habitar o mundo das comunicações!
Faz de nós discípulos (as) e missionários (as)
que manifestem e comuniquem o que viram, ouviram,
o que as mãos tocaram, o Verbo da Vida!

Vem habitar o mundo das comunicações!
Vive em nós, em nossa Tenda e transforma-a
em espaço de comunicação que gera comunhão,
encontro, solidariedade e alegria contagiante.
Amém.

(Ir. Helena Corazza) - Esta oração inpira-se no documento de Aparecida (2007) e na I Carta de João 1,1-4 - Experiência de comunicação das primeiras comunidades cristãs.

Curso de Pastoral da Comunicação no SEPAC

Nos sábados dia 21 e 28 de agosto o SEPAC realiza o curso de PASCOM para agentes pastorais e sociais. No primeiro sábado compareceram cerca de 50 pessoas de diversas cidades e dioceses, inclusive de Jales, Mogi das Cruzes, e outras de grande São Paulo, interessadas em conhecer e melhorar essa pastoral em sua paróquia ou diocese.
Na parte da manhã trabalhei o tema da comunicação como processo relacional, evidenciando a importância em todo o relacionamento e também as dificuldades e conflitos. A participação e partilha foi muito boa e enriqueceu a todos.
Na parte da tarde, os participantes trabalharam em quatro laboratórios de produção, de acordo com suas preferências: Rádio, Vídeo, e dois de Internet - criação de Blog.
No próximo sábado, 28, o curso continua em suas temáticas tanto da manhã quanto da tarde.
É muito bom ver o interesse e a necessidade de aprimorar a comunicação.

sábado, 24 de julho de 2010

A alegria do encontro

O encontro nacional da PASCOM aconteceu em Aparecida, SP, de 21 a 24 de julho de 2010com a presença de 400 agentes pastorais da comunicação, entre eles, bispos, padres, religiosas, leigos e leigas responsáveis por esta pastoral e atuantes em diferentes áreas da comunicação eclesial em suas dioceses ou regiões.

O evento é organizado e articulado pelo Setor de Comunicação da comissão episcopal para a Comunicação, Cultura e Educação, presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, com a assessoria de Ir. Elide Fogolari, fsp. Toda organização e convocação é feita pelos Regionais da CNBB.

Painéis temáticos e seminários compuseram a programação dos dois primeiros dias.
Participei do painel temático sobre Rádio falando da Rede Católica de Rádio e da comercialização no Rádio. Grande foi minha alegria em perceber que estavam presentes ao encontro, mais de 20 pessoas que fizeram o Curso Cultura e meios de comunicação, uma abordagem teórico-prática, e que estão atuantes em suas dioceses e comunidades”.

Ir. Osnilda Lima, paulina,ue participou como representante do Regional de Rondônia, disse que ficou impressionada em perceber como Paulinas e o SEPAC são referências para a Pastoral da Comunicação na Igreja.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Encontro da Pastoral da Comunicação

De 21 a 24 de julho de 2010 acontece em Aparecida,SP, um Encontro que reúne lideranças que articulam e animam a Pastoral da Comunicação em nível nacional. São representantes de dioceses, Regionais da CNBB e instituições católicas.

Estarei lá com os colegas da Rede Católica de Rádio e do SEPAC, participando do Seminário sobre Rádio, no dia 23 - sexta-feira - das 8h45 às 17h30. Teremos muito tempo para conversar, trocar ideias e compartilhar nossas experiências e desafios no caminho da Radiodifusão católica.

À noite desse dia, 20hs, haverá a entrega dos prêmios de comunicação da CNBB: Margarida de Prata (Cinema), Microfone de Prata (Rádio),Clara de Assis (TV) e Dom Helder Câmara (Imprensa). O evento será transmitido pelas TVs católicas a partir dos estúdios da TV Aparecida.

Que a Mãe Aparecida, mulher de fé e de comunicação, seja nossa animadora e companheira para comunicarmos a Jesus, comunicador do Pai.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sete Mutirões Brasileiros de Comunicação

Mutirão brasileiro de Comunicação - Sequência

Com início em 1998, o Mutirão Brasileiro de Comunicação faz história. São sete, realizados de dois em dois anos, sempre com temas que fazem refletir a realidade da comunicação e da cidadania. Veja a sequencia:
1º Mutirão - 1998: Solidariedade, Ética e Cidadania - Belo Horioznte, MG 2º Mutirão - 2000: Relações Solidárias na Aldeia e no Global - São Paulo, SP 3º Mutirão - 2003: Comunicação para uma outra Ordem Social - Salvador, BA 4º Mutirão – 2005: Comunicação e Responsabilidade Social - Guarapari, ES 5o. Mutirão – 2007: Comunicação e Amazônia – Fé e Cultura da Paz - Belém, PA
6º. Mutirão – 2009: Processos de comunicação e cultura solidária - Porto Alegre, RS
7º. Mutirão – 2011: Comunicação e vida: diversidade e mobilidade – Rio de Janeiro, RJ

O Mutirão Brasileiro de Comunicação é uma iniciativa das organizações católicas e do Setor de Comunicação da CNBB. Sempre realizado em nível ecumênico e em Mutirão.
O significado e a importância do Mutirão Brasileiro de Comunicação estão na concepção da palavra Mutirão, fazer juntos. Portanto, uma atividade solidária, gratuita, conjunta, popular, celebrativa; um lugar de relações de comunicação próximas e cordiais, buscando um objetivo comum a todos os participantes. (Helena Corazza)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Prepare-se para o 7o. Mutirão Brasileiro de Comunicação

O Sétimo Mutirão Brasileiro de Comunicação acontecerá na PUC do Rio de Janeiro, de 17 a 22 de julho de 2011, com o tema Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidades.
O arcebispo do Rio de Janeiro, também bispo referencial para a Comunicação no Regional e Presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação da CNBB, Dom Orani João Tempesta assumiu o 7º. Mutirão em parceria – arquidiocese e PUC-RJ. É uma grande oportunidade para o encontro e a reflexão da Pastoral da Comunicação e de todas as forças vivas da comunicação na Igreja. Acompanhe com a oração e informações.

Oração
Ó Deus de bondade e misericórdia, que em vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor da Vida, nos comunicastes o mistério do vosso infinito Amor, revelando-nos vossa vontade de que todos tenham vida e a tenham em abundância.
Nós vos pedimos, por intercessão da Virgem Maria, Estrela da Nova Evangelização: iluminai e abrasai os nossos corações, suscitando em vossa Igreja o desejo ardente de cada vez mais comunicar vossa Palavra, através dos modernos meios de comunicação social, anunciando sobre os telhados do nosso tempo, a Verdade sempre atual da Boa Nova da salvação.
Que o Sétimo Mutirão Brasileiro de Comunicação seja ocasião de toda Igreja no Brasil renovar o ardor apostólico, transmitindo esperança e o alento da fé ao nosso povo.
Venha em nosso auxílio o exemplo dos vossos anjos, mensageiros celestes; e de todos os santos que testemunharam, cada um em sua época e ambiente, o anúncio sempre novo do Evangelho que liberta e dá a vida. Amém.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sugestões para celebrar o Dia Mundial das Comunicações

44º. Dia Mundial das Comunicações – 16 de maio de 2010
Helena Corazza, fsp

O Dia Mundial das Comunicações, celebrado no mundo inteiro em 16 de maio, solenidade da Ascensão do Senhor, é um apelo do Concílio Vaticano II, no decreto Inter Mirifica, n.18, de 4 de dezembro de 1963. O objetivo é a reflexão, oração, ação e ofertas dos fiéis para as iniciativas da Igreja no campo das comunicações. Todos os anos, o papa propõe um texto para a reflexão e o debate.
Para este ano, o papa Bento XVI propõe uma temática que envolve, de modo especial, os presbíteros: O padre e a pastoral no mundo digital. Novos meios de comunicação a serviço da Palavra. Uma reflexão atual que tem por objetivo considerar as mudanças culturais e sociais, a compreensão e o envolvimento de todas as lideranças eclesiais, em vista da evangelização e da “cidadania de Deus” no continente digital.

Parabéns a todos os comunicadores e comunicadoras, leigos e leigas, sacerdotes, bispos, religiosos e religiosas, professores e profissionais da comunicação!

Jesus, o comunicador do Pai, nos ajude a sermos, sempre mais, discípulos missionários nos caminhos da comunicação!



Sugestões para celebrar o Dia Mundial das Comunicações

1. Conhecer a mensagem do papa Bento XVI para este dia: www.cnbb.org.br; www.vatican.va; www.paulinas.org.br
2. Motivar as equipes de liturgia para prepararem esta celebração – no dia da Ascensão do Senhor – incluindo o Dia Mundial das Comunicações – consulte www.paulinas.org.br
3. A Pastoral da Comunicação poderá promover algum debate, seminário ou convidar alguém a fazer uma palestra sobre o tema.
4. Falar do tema do Dia Mundial das Comunicações em programas de Rádio, Televisão, Internet, Jornais paroquiais ou diocesanos, colunas em outros Jornais.
5. Onde é possível, promover uma reunião com comunicadores (as) da cidade. Pode-se programar uma entrevista coletiva e também confraternização. Ou ainda, mandar uma mensagem aos comunicadores (as) cumprimentando-os por este dia.
6. Fazer uma exposição ou feira educativa, para que as pessoas conheçam e valorizem os meios de comunicação católicos: revistas, jornais, livros, CDs, DVDs, Sites, Boletins, Programas de Rádio, TV.
7. Mobilizar o mundo da educação: professores (as) com o tema, promovendo algum concurso de redação ou outras iniciativas com criatividade.






Comentário sobre o Dia Mundial da Comunicações 2010



O padre e a pastoral no mundo digital: missão interativa
Helena Corazza, fsp

O tema do 44º. Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado em todo o mundo no dia da Ascensão do Senhor, 16 de maio, traz uma temática atual e desafiadora enviada pela papa Bento XVI: O padre e a pastoral no mundo digital: novos meios de comunicação a serviço da Palavra.
Com esse enunciado, o papa aproveita o ensejo do Ano Sacerdotal, para lembrar aos padres a necessidade de inserirem a mensagem do Evangelho no “continente digital”, como ele chama as novas mídias ou Redes Sociais. Dada a mudança tão rápida das novas tecnologias da comunicação, sobretudo a partir dos anos 1990, as pessoas que não acompanharam esta evolução podem sentir-se com certo medo de entrar ou até “fora” do diálogo com os que se comunicam neste mundo digital.
Um ponto a ser destacado é que a mensagem do papa diz que os padres precisam conhecer e entrar neste “continente digital”. Trata-se de uma nova cultura, mais interativa, que vai modificando os hábitos das pessoas, também dos fiéis, que abre novas possibilidades ao anúncio do Evangelho. Por isso, é importante abrir-se ao novo, assessorar-se por pessoas que conhecem e entrar sem medo, abrindo um relacionamento mais interativo com os fiéis e a sociedade.
Outro ponto lembrado pelo papa é que é preciso “evangelizar no continente digital”, ou seja, entrar nessa linguagem, fazer-se presente, inserir os temas pastorais e abrir-se, sobretudo para as gerações jovens, que navegam nesse universo. Já foi o tempo em que se “condenou” as novas tecnologias, desde a imprensa, passando pelo cinema. Hoje é preciso marcar presença e educar-nos a conviver com a diversidade sabendo fazer escolhas. Essa é uma formação que a Igreja precisa dar a si mesma e ao povo.
A mensagem do papa traz um novo conceito de missão: “diaconia da cultura”. Uma nova cultura precisa também de um serviço que tenha em conta o valor da pessoa humana e sua dignidade. “Com o Evangelho nas mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo também de continuar a preparar os caminhos que conduzam à Palavra de Deus”, diz o papa.
Lembrando o profeta Isaías que “chegou a imaginar uma casa de oração para todos os povos” o papa compara o “continente digital” ao “pátio dos gentios” do Templo de Jerusalém. E pergunta: “não se poderá porventura prever que a internet possa dar espaço também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido?”
Pensando nos novos canais do Rádio, esta mensagem é um estímulo para que mossa emissoras cresçam e qualifiquem sua comunicação on line, incentive as Redes Sociais abrindo novos canais de comunicação com os ouvintes e ineternautas.






Dia Mundial das Comunicações

Na audiência com Bento XVI por ocasião do Congresso Munidal de Rádios Católicas, em Junho de 2008. À esquerda Ir. Helena Corazza, Dom Cláudio M. Celli, presidente do Pontifício Conselho das Comunicações do Vaticano com Bento XVI.

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 44º. DIA MUNDIA DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

“O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios a serviço da Palavra”

Queridos Irmãos e Irmãs,
O tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais - "O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios ao serviço da Palavra" - insere-se perfeitamente no trajeto do Ano Sacerdotal e traz à ribalta a reflexão sobre um âmbito vasto e delicado da pastoral como é o da comunicação e do mundo digital, que oferece ao sacerdote novas possibilidades para exercer o seu serviço à Palavra e da Palavra. Os modernos meios de comunicação fazem parte, desde há muito tempo, dos instrumentos ordinários através dos quais as comunidades eclesiais se exprimem, entrando em contacto com o seu próprio território e estabelecendo, muito frequentemente, formas de diálogo mais abrangentes, mas a sua recente e incisiva difusão e a sua notável influência tornam cada vez mais importante e útil o seu uso no ministério sacerdotal.
A missão primeira do sacerdote é anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e comunicar a multiforme graça divina portadora de salvação mediante os sacramentos. Convocada pela Palavra, a Igreja coloca-se como sinal e instrumento da comunhão que Deus realiza com o homem e que todo o sacerdote é chamado a edificar nele e com Ele. Aqui reside a altíssima dignidade e beleza da missão sacerdotal, na qual se concretiza de modo privilegiado aquilo que afirma o apóstolo Paulo: "Na verdade, a Escritura diz: "Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido". [...] Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão de invocar Aquele em quem não acreditam? E como hão de acreditar naquele de quem não ouviram falar? E como hão de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão de pregar, se não forem enviados?" (Rm 10,11.13-15).
Hoje, para dar respostas adequadas a estas questões no âmbito das grandes mudanças culturais, particularmente sentidas no mundo juvenil, tornaram-se um instrumento útil as vias de comunicação abertas pelas conquistas tecnológicas. De fato, pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino: "Ai de mim se não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 9,16). Por conseguinte, com a sua difusão, não só aumenta a responsabilidade do anúncio, mas esta torna-se também mais premente reclamando um compromisso mais motivado e eficaz. A este respeito, o sacerdote acaba por encontrar-se como que no limiar de uma "história nova", porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao serviço da Palavra.
Contudo, a divulgação dos "multimídia" e o diversificado "espectro de funções" da própria comunicação podem comportar o risco de uma utilização determinada principalmente pela mera exigência de marcar presença e de considerar erroneamente a internet apenas como um espaço a ser ocupado. Ora, aos presbíteros é pedida a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas "vozes" que surgem do mundo digital, e anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogs, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese.
Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios - adquirido já no período de formação - com uma sólida preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte, alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor. No impacto com o mundo digital, mais do que a mão do operador dos media, o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da "rede".
Também no mundo digital deve ficar patente que a amorosa atenção de Deus em Cristo por nós não é algo do passado nem uma teoria erudita, mas uma realidade absolutamente concreta e atual. De fato, a pastoral no mundo digital há de conseguir mostrar, aos homens do nosso tempo e à humanidade desorientada de hoje, que "Deus está próximo, que, em Cristo, todos somos parte uns dos outros" [Bento XVI, Discurso à Cúria Romana na apresentação dos votos de Natal: "L’Osservatore Romano" (21-22 de Dezembro de 2009) pág. 6].
Quem melhor do que um homem de Deus poderá desenvolver e pôr em prática, mediante as próprias competências no âmbito dos novos meios digitais, uma pastoral que torne Deus vivo e atual na realidade de hoje e apresente a sabedoria religiosa do passado como riqueza donde haurir para se viver dignamente o tempo presente e construir adequadamente o futuro? A tarefa de quem opera, como consagrado, nos media é aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era "digital", os sinais necessários para reconhecerem o Senhor; dando-lhes a oportunidade de se educarem para a expectativa e a esperança, abeirando-se da Palavra de Deus que salva e favorece o desenvolvimento humano integral. A Palavra poderá assim fazer-se ao largo no meio das numerosas encruzilhadas criadas pelo denso emaranhado das auto-estradas que sulcam o ciberespaço e afirmar o direito de cidadania de Deus em todas as épocas, a fim de que, através das novas formas de comunicação, Ele possa passar pelas ruas das cidades e deter-se no limiar das casas e dos corações, fazendo ouvir de novo a sua voz: "Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo" (Ap 3, 20).
Na Mensagem do ano passado para idêntica ocasião, encorajei os responsáveis pelos processos de comunicação a promoverem uma cultura que respeite a dignidade e o valor da pessoa humana. Este é um dos caminhos onde a Igreja é chamada a exercer uma "diaconia da cultura" no atual "continente digital". Com o Evangelho nas mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo também de continuar a preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, não descurando uma atenção particular por quem se encontra em condição de busca, mas antes procurando mantê-la desperta como primeiro passo para a evangelização. Efetivamente, uma pastoral no mundo digital é chamada a ter em conta também aqueles que não acreditam, caíram no desânimo e cultivam no coração desejos de absoluto e de verdades não caducas, dado que os novos meios permitem entrar em contato com crentes de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas. Do mesmo modo que o profeta Isaías chegou a imaginar uma casa de oração para todos os povos (cf. Is 56,7), não se poderá porventura prever que a internet possa dar espaço - como o "pátio dos gentios" do Templo de Jerusalém - também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido?
O desenvolvimento das novas tecnologias e, na sua dimensão global, todo o mundo digital representam um grande recurso, tanto para a humanidade no seu todo como para o homem na singularidade do seu ser, e um estímulo para o confronto e o diálogo. Mas aquelas apresentam-se igualmente como uma grande oportunidade para os crentes. De fato nenhum caminho pode, nem deve, ser vedado a quem, em nome de Cristo ressuscitado, se empenha em tornar-se cada vez mais solidário com o homem. Por conseguinte e antes de mais nada, os novos media oferecem aos presbíteros perspectivas sempre novas e, pastoralmente, ilimitadas, que os solicitam a valorizar a dimensão universal da Igreja para uma comunhão ampla e concreta; a ser no mundo de hoje testemunhas da vida sempre nova, gerada pela escuta do Evangelho de Jesus, o Filho eterno que veio ao nosso meio para nos salvar. Mas, é preciso não esquecer que a fecundidade do ministério sacerdotal deriva primariamente de Cristo encontrado e escutado na oração, anunciado com a pregação e o testemunho da vida, conhecido, amado e celebrado nos sacramentos sobretudo da Santíssima Eucaristia e da Reconciliação.
A vós, queridos Sacerdotes, renovo o convite a que aproveiteis com sabedoria as singulares oportunidades oferecidas pela comunicação moderna. Que o Senhor vos torne apaixonados anunciadores da Boa Nova na "ágora" moderna criada pelos meios atuais de comunicação.
Com estes votos, invoco sobre vós a proteção da Mãe de Deus e do Santo Cura d’Ars e, com afeto, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
Bento XVI
Vaticano, 24 de Janeiro - dia de São Francisco de Sales - de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

47o. Dia Mundial de oração pelas Vocações


Mensagem de Bento XVI

Veneráveis Irmãos
no Episcopado
e no Sacerdócio,
caros irmãos e irmãs!

O 47º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que se celebra no 4º Domingo da Páscoa – Domingo do “Bom Pastor” –, em 25 de abril de 2010, oferece-me a oportunidade de propor à vossa reflexão um tema que está em comunhão com o Ano Sacerdotal: O testemunho suscita vocações. A fecundidade da proposta vocacional, de fato, depende em primeiro lugar da ação gratuita de Deus, mas, de acordo com a experiência pastoral, é favorecida também pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos quantos já responderam ao chamado do Senhor no ministério sacerdotal e na vida consagrada. Pois o seu testemunho pode suscitar em outros o desejo de corresponder, por sua vez, com generosidade, ao apelo de Cristo. O tema está, assim, muito ligado à vida e missão dos sacerdotes e dos consagrados. Portanto, desejo convidar todos aqueles que o Senhor chamou para trabalhar na sua vinha a renovarem sua fiel resposta, sobretudo neste Ano Sacerdotal, o qual foi proclamado por ocasião dos 150 anos de falecimento de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, modelo sempre atual de presbítero e pároco.
Já no Antigo Testamento os profetas tinham consciência de que eram chamados a testemunhar aquilo que anunciavam, dispostos a enfrentar também as incompreensões, as rejeições e perseguições. A tarefa confiada a eles por Deus os envolvia completamente, como um “fogo ardente” no coração, que não se pode aguentar (cf. Jr 20,9), e, por isso, estavam prontos a entregar ao Senhor não somente a voz, mas cada aspecto de suas vidas. Na plenitude dos tempos, será Jesus, o enviado do Pai (cf. Jo 5,36), a testemunhar com sua missão o amor de Deus à humanidade, sem distinção, com especial atenção aos últimos, aos pecadores, aos marginalizados, aos pobres. Ele é o supremo Testemunho de Deus e de seu desejo de salvação. Na aurora dos novos tempos, João Batista, com uma vida inteiramente dedicada a preparar o caminho de Cristo, testemunha que no Filho de Maria de Nazaré cumprem-se as promessas de Deus. Quando vê Jesus vindo ao rio Jordão, onde estava batizando, indica-o aos seus discípulos como “o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). O seu testemunho é tão fecundo que dois de seus discípulos, ouvindo falar assim, “passaram a seguir Jesus” (Jo 1,37).
Também a vocação de Pedro, como escreve o evangelista João, passa pelo testemunho do irmão, André, o qual, após ter encontrado o Mestre e ter respondido ao seu convite de permanecer com Ele, sente a necessidade de logo lhe dizer aquilo que descobriu no seu “habitar” com o Senhor: “Encontramos o Cristo! – que quer dizer Messias. Então, conduziu-o até Jesus” (Jo 1,41-42). Assim aconteceu com Natanael – Bartolomeu –, graças ao testemunho de um outro discípulo, Filipe, que o comunica com alegria sua grande descoberta: “Encontramos Jesus, o filho de José, de Nazaré, aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, bem como os Profetas” (Jo 1,45). A iniciativa livre e gratuita de Deus encontra e interpela a responsabilidade humana de quantos acolhem o seu convite a se tornarem instrumentos, com o próprio testemunho, do chamado divino. Isto acontece ainda hoje na Igreja: Deus usa o testemunho dos sacerdotes, fiéis à sua missão, para suscitar novas vocações sacerdotais e religiosas a serviço de Seu Povo. Por esta razão gostaria de destacar três aspectos da vida do presbítero, que parecem ser essenciais para um eficaz testemunho sacerdotal.
Elemento fundamental e reconhecível de toda vocação ao sacerdócio e à consagração é a amizade com Cristo. Jesus vivia em constante união com o Pai, e é isto que suscitava nos discípulos o desejo de viver a mesma experiência, aprendendo com Ele a comunhão e o diálogo incessante com Deus. Se o sacerdote é o “homem de Deus”, que pertence a Deus e ajuda a torná-lo conhecido e ser amado, não pode deixar de cultivar uma profunda intimidade com Ele, permanecer no seu amor, escutando sua Palavra. A oração é o primeiro testemunho que suscita vocações. Como o apóstolo André, que comunica ao irmão ter conhecido o Mestre, igualmente quem deseja ser discípulo e testemunha de Cristo deve tê-lo “visto” pessoalmente, deve tê-lo conhecido, deve ter aprendido a amá-lo e a estar com Ele.
Outro aspecto da consagração sacerdotal e da vida religiosa é o dom total de si a Deus. Escreve o apóstolo João: “Nisto sabemos o que é o amor: Jesus deu a vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1Jo 3,16). Com estas palavras, ele convida os discípulos a entrar na mesma lógica de Jesus que, ao longo de sua existência, cumpriu a vontade do Pai até a doação total de si sobre a cruz. Manifesta-se aqui a misericórdia de Deus em toda sua plenitude; amor misericordioso que venceu as trevas do mal, do pecado e da morte. A imagem de Jesus, que na Última Ceia levanta-se da mesa, retira o manto, pega uma toalha, amarra-a na cintura e se inclina para lavar os pés dos Apóstolos, exprime o sentido do serviço e do dom manifestados em sua vida, obediente à vontade do Pai (cf. Jo 13,3-15). No seguimento de Jesus, todo chamado à vida de especial consagração deve esforçar-se para testemunhar o dom total de si a Deus. Em seguida, nasce a capacidade de doação aos que a Providência lhe confia no ministério pastoral, com dedicação plena, contínua e fiel, e com a alegria de se tornar companheiro de viagem de tantos irmãos, para que se abram ao encontro com Cristo e sua Palavra torne-se luz para o seu caminho. A história de toda vocação está interligada, quase sempre, com o testemunho de um sacerdote que vive com alegria o dom de si mesmo aos irmãos pelo Reino dos Céus. Isto porque a proximidade e a palavra de um padre são capazes de fazer despertar interrogações e de conduzir mesmo a decisões definitivas (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica Pós-sinodal Pastores dabo vobis, 39).
Enfim, um terceiro aspecto que não pode faltar ao caracterizar o sacerdote e a pessoa consagrada é o viver a comunhão. Jesus indicou como sinal, distintivo de quem deseja ser seu discípulo, a profunda comunhão no amor: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). Em particular, o sacerdote deve ser um homem de comunhão, aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido o rebanho inteiro que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando a superar as divisões, a enxugar lágrimas, a resolver divergências e incompreensões, a perdoar as ofensas. Em julho de 2005, num encontro com o Clero de Aosta, afirmei que se os jovens vêem os sacerdotes isolados e tristes, certamente não se sentem encorajados a seguir o exemplo. Continuarão duvidosos se são levados a considerar que este é o futuro de um padre. No entanto, é importante realizar a comunhão de vida, mostrando-lhes a beleza de ser sacerdote. Então, o jovem dirá: “este pode ser um futuro também para mim, assim se pode viver” (Insegnamenti I, [2005], 354). O Concílio Vaticano II, referindo-se ao testemunho que suscita vocações, destaca o exemplo da caridade e da fraterna colaboração que devem oferecer os sacerdotes (cf. Decreto Optatam totius, 2).
Alegra-me recordar o que escreveu meu venerado Predecessor, João Paulo II: “A própria vida dos padres, a sua dedicação incondicional ao rebanho de Deus, o seu testemunho de amoroso serviço ao Senhor e à sua Igreja – testemunho assinalado pela opção da cruz acolhida na esperança e na alegria pascal –, a sua concórdia fraterna e o seu zelo pela evangelização do mundo são o primeiro e mais persuasivo fator de fecundidade vocacional” (Pastores dabo vobis, 41). Poderíamos afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contato com os sacerdotes, quase como uma herança preciosa comunicada com a palavra, o exemplo e toda a existência.
Isto também se aplica à vida consagrada. O próprio existir dos religiosos e das religiosas fala do amor de Cristo, quando esses o seguem em plena fidelidade ao Evangelho e com alegria assumem os critérios de valor e comportamento. Tornam-se “sinais de contradição” para o mundo, cuja lógica, muitas vezes, é inspirada no materialismo, no egoísmo e no individualismo. Sua fidelidade e a força de seu testemunho, porque se deixam conquistar por Deus renunciando a si mesmos, continuam a suscitar em muitos jovens o desejo de seguir, por sua vez, Cristo para sempre, de modo generoso e completo. Imitar Cristo casto, pobre e obediente, e se identificar com Ele: eis o ideal da vida consagrada, testemunho do primado absoluto de Deus na vida e na história da humanidade.
Cada presbítero, cada consagrado e consagrada, fiéis à sua vocação, transmitem a alegria de servir a Cristo, e convidam todos os cristãos a responder ao universal chamado à santidade. Portanto, para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e à vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus e ao projeto de vida que Ele tem para cada um. O testemunho pessoal, feito de escolhas concretas e de vida, encorajará os jovens a tomar decisões responsáveis, por sua vez, investindo o próprio futuro. Para ajudá-los é necessário a arte do encontro e do diálogo, capaz de iluminá-los e acompanhá-los, através sobretudo do exemplo de vida, vivida como vocação. Assim fez o Santo Cura D’Ars, o qual, sempre em contato com os seus paroquianos, “ensinava sobretudo com o testemunho da vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar” (Carta de Proclamação do Ano Sacerdotal, 16/06/2009).
Que este Dia Mundial possa ser, mais uma vez, uma preciosa ocasião a muitos jovens para refletir sobre a própria vocação, respondendo com simplicidade, confiança e plena disponibilidade. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, guarde cada pequena semente de vocação no coração daqueles que o Senhor chama a segui-lo mais de perto; faça com que se torne uma árvore viçosa, carregada de frutos para o bem da Igreja e de toda a humanidade. Para isto eu rezo, enquanto concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 13 de novembro de 2009.

Caminho para a vida

Eu caminhava em tua direção
E vi que vinhas ao meu encontro
Queria correr para ti e vi que corria para encontrar-me
pensei que era eu quem esperava
E compreendi que há muito tempo esperavas por mim
Desejei buscar-te
Mas descobri que tu me procuravas
Pensei: “Encontrei-o!”
Mas vi que tu me tinhas achado
Quis dizer: “Te amo”
E escutei que me dizias: “Quero-te muito”
Queria escolher-te
Mas vi que já me tinhas escolhido
Pensei em escrever-te
Mas a tua carta já havia chegado
Desejei viver tua vida
E descobri que vivias em mim.
Quis pedir-te perdão
E senti que já me tinhas perdoado
Pensei em oferecer-te minha vida
Mas já me havias dado a tua
Quis pedir-te perdão
E sinto que já me tinhas perdoado
Pensei em oferecer-te minha vida
Mas já me havias dado a tua
Quis dar-te minha amizade
Mas desde sempre tu eras o meu amigo
Quis chamar-te “Abba”, Pai,
Mas tu já me havias chamado: “meu filho”
Quis abrir-te meu coração
Mas encontrei o teu, transpassado
Queria alegrar-me por ter voltado para ti
Mas de longe te vi feliz com meu regresso
Meu Deus, quando chegarei primeiro?